É com muito pesar e saudade que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) comunica o falecimento da irmã Maria Gorete de Souza, militante histórica da luta pela terra no Brasil, na noite desta quinta-feira (21/1).
A religiosa nasceu em 28 de julho de 1952 na cidade de Frei Martinho (PB), e iniciou sua militância no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Picuí, também na Paraíba. Em 1982, aos 30 anos, entrou para a Congregação Filhas de Maria Missionárias na cidade de Cotia (SP), onde fez toda sua formação religiosa inicial.
Em 1988, fez sua primeira profissão de fé na paróquia de Santo Anastácio (na região paulista do Pontal do Paranapanema). Durante os anos 90, atuou na comunidade paroquial do município, dando prioridade ao acompanhamento das primeiras atividades do MST na região. Ali, foi uma das responsáveis pelas conquistas das lutas pela terra.
Em 1996 mudou-se para Pimenta Bueno (RO), onde também ajudou a organizar o MST. Foi transferida para Belo Horizonte em 2006, e no final daquele ano voltou a Rondônia para acompanhar jovens italianos estagiários nos assentamentos de lá.
Em 2007, vivendo no Ceará, detectou um tumor no ovário. Foi trazida para São Paulo para iniciar o tratamento do câncer. Na última quarta-feira (20/1), foi internada com urgência no pronto socorro do parque São Jorge, em Cotia, onde faleceu na tarde desta quinta.
Seu corpo está sendo velado no Educandário São José, em Santo Anastácio. O sepultamento acontece às 17h, no cemitério da cidade.
Irmã Gorete se vai, mas fica para nós o seu exemplo de grande lutadora das causas sociais e da Reforma Agrária. Sem dúvida, ela entra para a história como um exemplo a ser seguido por todos que almejam uma mundo justo e mais solidário.
E com Rosa, Margarida e Olga, Irmã Gorete lutou pelo bom, pelo justo e pelo melhor do mundo.
Viva Irmã Gorete!
Dos seus companheiros e companheiras do MST e da Via Campesina
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
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